Sessão na quarta foi realizada de forma híbrida e sem a presença de público nas galerias

Os deputados estaduais aprovaram, em sessão realizada na tarde na quarta-feira (23), os dois projetos de lei que instituem a “taxa do agro”. Foram 22 votos favoráveis e 14 contrários. Os projetos seguem para sanção do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Ao contrário de terça-feira (22), que a galeria estava repleta de empresários do agronegócio e contrários à medida chegaram a invadir e depredar o plenário, a sessão desta quarta foi realizada de forma híbrida e sem a presença de público.

As leis aprovadas visam criar o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e alterar legislação tributária para instituir contribuição de até 1,65% para investimento em infraestrutura. O governo estadual alega que os valores são para cobrir queda na receita advinda da diminuição do ICMS instituída pelo governo federal.

Discussões

Paulo Trabalho (PL) taxou a invasão do plenário por grupos de empresários do agronegócio como “resposta” de um setor que está sob vulnerabilidade. “O produtor está sujeito às intempéries, e vem o governo e faz isso. Não queremos que chegue a esse ponto. Mas é um desespero de produtores que podem chegar à falência, que vão desanimando de suas atividades. Algum ou outro vidro que quebrou. Não entraram para brigar”, disse.

Henrique Arantes (MDB) chamou os empresários do agronegócio que invadiram o plenário de “marginais” e “bandidos”. Segundo ele, o protesto é válido, mas a invasão e destruição do plenário é coisa de bandido.

 “Os ricos acham que podem tudo no Brasil. Essa doença que vocês têm vai ser curada com o tempo. O país é livre, você manifestar e falar o que quiser, mas não pode ameaçar os demais. Vocês que entraram neste plenário são bandidos, ignóbeis, e devem sofrer as consequências penais por isso”, disse.

O deputado Gustavo Sebba (PSDB) apontou que ninguém compactua com os atos ocorridos na sessão passada, mas que se tratou de indignação de um setor.

 “Tem que cobrar e colocar a cara deles em outdoor sim. A pauta é legítima. O que o Caiado quer é demonstrar força. Eles vão perder na eleição de 2024, vão perder quando forem expulsos de festas nos municípios”, apontou.

Votaram a favor da taxa do agro:

Álvaro Guimarães (UB)

Bruno Peixoto (UB)

Dr. Antonio (UB)

Rubens Marques (UB))

Tião Caroço (UB)

Virmondes Cruvinel (UB)

Amilton Filho (MDB)

Henrique Arantes (MDB)

Charles Bento (UB)

Francisco Oliveira (MDB)

Lucas Calil (PSD)

Thiago Albernaz (MDB)

Zé da Imperial (MDB)

Cairo Salim (PSD)

Max Menezes (PSD)

Wilde Cambão (PSD)

Coronel Adailton (PRTB)

Dr. Fernando Curado (PRTB)

Julio Pina (PRTB)

Jeferson Rodrigues (Republicanos)

Rafael Gouveia (Republicanos)

Henrique César (PSC)

Votaram contra a taxa do agro:

Lissauer Vieira (PSD)

Delegada Adriana Accorsi (PT)

Antonio Gomide (PT)

Amauri Ribeiro (UB)

Helio de Sousa (PSDB)

Major Araújo (PL)

Zé Carapô (Pros)

Cláudio Meirelles (PL)

Delegado Humberto Teófilo (Patriota)

Delegado Eduardo Prado (PL)

Paulo Cezar Martins (PL)

Chico KGL (UB)

Paulo Trabalho (PL)

Gustavo Sebba (PSDB)

Fonte: maisgoias


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